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Mauricio Tutty

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Copasa, através da Arsae, pode ter agido contra a lei, conclui vereador após estudos


Maurício Tutty enfatiza que, se o Executivo não delegou a titularidade à agência reguladora, os atos da Arsae são nulos e será preciso criar uma metodologia para ressarcimento de cobranças indevidas

A insatisfação em torno dos serviços prestados pela concessionária de água e esgoto na cidade e as altas taxas cobradas já foram tema de audiência pública, discurso de vereadores na tribuna e, até mesmo, piada nas redes sociais. O vereador Maurício Tutty iniciou, na semana passada, uma série de estudos para entender quais razões culminam na eficiência duvidosa da gestão da empresa. Em seu pronunciamento na tribuna, nesta terça-feira (13), o parlamentar trouxe à tona possíveis irregularidades na atuação da Agência Reguladora de Serviço de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae).

“Uma questão me chama a atenção sobre a implantação de uma agência reguladora em Pouso Alegre, uma decisão pacífica entre Legislativo, Executivo, Coletivo Pouso Alegre e população e faz parte do pacote de melhorias anunciado pela prefeitura. Na pesquisa sobre a Arsae, com base na fala do representante da Copasa, que diz que são amparados por lei federal e que a empresa pode ter a agência e tributar, vi que ele tem razão, desde que a agência receba do Executivo essa delegação”, considerou.

Maurício Tutty disse também que protocolou um ofício para o Prefeito e Procurador Geral do Município, questionando se houve delegação da titularidade reguladora à Arsae e alertou: “Meus amigos, se não foi feita essa delegação por escrito, as taxas da Arsae estão erradas. Eu acredito que, com a resposta, poderemos rediscutir imediatamente essa questão da água”.  

Em aparte concedido, o vereador Rafael Huhn (PT) voltou a destacar alguns pontos do que foi exposto pelo pevista e endossou o discurso do colega parlamentar. “Se eu entendi, a Copasa se ampara por lei. Se o município não mostrar que não há [a delegação], ela deve ressarcir a população”, analisou.

Maurício Tutty concordou e completou. “Se não foi delegado à Arsae, todos os atos dela serão nulos. Uma vez nulos, a tarifa também o é. E devemos criar uma metodologia para a devolução”. O vereador Mário de Pinho (PT) também pediu um tempo do representante do Partido Verde para comentar o assunto. “Outro agravante é que a Arsae colocou o aumento com base nas informações da Copasa, sem vistoria técnica”, observou.

Para encerrar seu discurso, o vereador recordou do parecer técnico-contábil exarado pelo Ministério Público permitindo o reajuste na tarifa do transporte público, a partir das planilhas apresentadas pela empresa e afirmou que é preciso estudar com mais afinco todos os trâmites. “A grande verdade é que temos por hábito acreditar no que nos é exposto. (...) Mas agora temos condições de debruçar e estudar a fundo. É uma questão política e de responsabilidade de todos”, pontuou.

Esclarecimento

Logo que ocupou a tribuna, Maurício Tutty procurou esclarecer alguns comentários emitidos por ele na sessão anterior, quando disse que, segundo o regimento interno da Copasa, os conselheiros devem ter, no mínimo uma ação da empresa, comentário que gerou desconforto na vereadora Lílian Siqueira (PSDB). “O marido da dona Lílian não é sócio. A Copasa tem mais de um conselho: o administrativo e o fiscal. Agora, pelo regimento interno, ele pode ou não ser sócio. Quero esclarecer para que isso não cause um desconforto pessoal”, disse.

Com uma relação atualizada dos dirigentes da Copasa em mãos, o pevista também comentou sobre o assessor do senador Aécio Neves (PSDB/MG), que fazia parte do conselho. “Ele não se enquadra mais no rol de conselheiros desta gestão. É claro que não foi a denúncia desse vereador que fez com que ele se retirasse da empresa. Outros dados mostram que há familiares na estrutura”, encerrou, exibindo um tom de que vai se aprofundar também nesta questão. 


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